O que a mulher representa no surf?

  • Nos primórdios do esporte

Desde a década de 1960, as mulheres têm lutado para serem reconhecidas como surfistas. Na época, o surf era considerado um esporte masculino, e muitos se opunham à ideia de mulheres surfando. As primeiras mulheres surfistas enfrentaram muitos obstáculos, como:

  1. Falta de oportunidades para competir em igualdade de condições com os homens;

  2. Em muitas praias, as mulheres eram proibidas de surfar ou eram obrigadas a surfar em horários restritos ou em áreas limitadas;

  3. As pranchas de surf disponíveis eram projetadas e fabricadas para os homens, e as mulheres tinham dificuldades para encontrar pranchas adequadas para seu tamanho e peso.

  4. Quando estavam na água, as melhores ondas eram surfadas pelos homens, mesmo que uma mulher estivesse na prioridade da onda.

No entanto, isso não impediu que as mulheres corajosas entrassem no mar e provassem sua habilidade na prancha.

  • Depois de muita luta, as mulheres conquistam seu espaço

Hoje em dia, as mulheres surfistas são uma parte importante da comunidade de surf. Elas competem em competições internacionais, realizam manobras impressionantes e inspiram outras mulheres a entrar na água. A popularidade do surf feminino tem crescido mais ainda nos últimos anos, graças a mulheres como a brasileira Maya Gabeira, que estabeleceu recordes de ondas gigantes e foi destaque em documentários e filmes de surf como, Maya and the Wave (2022), Maya Gabeira: Return to Nazaré (2016), Red Charges (2017).

Em competições, a igualdade do valor de premiação nos campeonatos da WSL (World Surf League) para homens e mulheres é um marco importante no esporte e na luta pela igualdade de gênero. A decisão foi tomada em 2019, e desde então, todos os eventos do Championship Tour da WSL oferecem o mesmo valor em dinheiro para homens e mulheres.

Essa medida é um passo significativo para acabar com a disparidade salarial de gênero no esporte. A WSL entendeu que o surf é um esporte onde homens e mulheres praticam a mesma modalidade, nas mesmas condições, e, portanto, devem ser remunerados de forma igual.

  • Mulheres juntas dentro e fora d'água

A comunidade de surf feminino está crescendo e se fortalecendo, e as mulheres surfistas estão cada vez mais visíveis e influentes no mundo do surf. À medida que mais mulheres entrarem na água e mostrarem sua habilidade na prancha, esperamos ver uma mudança positiva na cultura do surf e na forma como as mulheres são percebidas neste esporte.

Por isso, muitas organizações e marcas têm trabalhado para promover a igualdade de gênero no surf. Seja em âmbito profissional ou amador, hoje existem diversos coletivos femininos no Brasil em que as mulheres se unem para surfar juntas, aprender sobre o esporte, treinam e se relacionam, facilitando e incentivando cada vez mais as mulheres a começarem a surfar e a evoluírem juntas.

O surf por muitos anos vem sendo um ambiente masculino, mas ele esta mudando. Está lindo de ver essas mulheres evoluindo, indo juntas, se fortalecendo e curando através do mar.
— Manu Brasil (Instrutora de Surf em Praia da Pipa)

O Surf’s Up Club trabalha a cada dia para trazer mais figuras femininas para o surf, oferecendo acessibilidade para as surfistas e um senso de comunidade que faz com que as mulheres possam evoluir cada vez mais, sem sofrer nenhum tipo de preconceito, e para que todos possam se divertir de maneira igual na água!

Hoje, mais da metade do time de influenciadores do Surf’s Up Club são mulheres. Legal né?!

Por um esporte mais acessível e democrático, GO SURF NOW!

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